quinta-feira, 15 de março de 2007

Conto meus poemas



Conto meus poemas
como um avarento conta
suas moedas.
Há um comércio entre o poeta
e a folha a ser lavrada.
Porque custa muito um poema.
Cada palavra é o rosto de Deus
e o poeta um vazio ajoelhado.

Neide Archanjo

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