sábado, 31 de março de 2007

Declarar Amor




Demonstrar o amor é uma forma de deixar a vida transbordar dentro do próprio coração.

A maioria das pessoas estabelece datas especiais para manifestar o seu amor pelo outro: é o dia do aniversário, o natal, o aniversário de casamento, o dia dos namorados.

Para elas, expressar amor é como usar talheres de prata: é bonito, sofisticado, mas somente em ocasiões muito especiais.

E alguns não dizem nunca o que sentem ao outro. Acreditam que o outro sabe que é amado e pronto. Não é preciso dizer.

Conta um médico que uma cliente sua, esposa de um homem avesso a externar os seus sentimentos, foi acometida de uma supuração de apêndice e foi levada às pressas para o hospital.

Operada de emergência, necessitou receber várias transfusões de sangue sem nenhum resultado satisfatório para o restabelecimento de sua saúde.

O médico, um tanto preocupado, a fim de sugestiona-la, lhe disse: pensei que a senhora quisesse ficar curada o mais rápido possível para voltar para o seu lar e o seu marido.

Ela respondeu, sem nenhum entusiasmo:

- O meu marido não precisa de mim. Aliás, ele não necessita de ninguém. Sempre diz isto.

Naquela noite, o médico falou para o esposo que a sua mulher não queria ficar curada. Que ela estava sofrendo de profunda carência afetiva que estava comprometendo a sua cura.

A resposta do marido foi curta, mas precisa:

- Ela tem de ficar boa.

Finalmente, como último recurso para a obtenção do restabelecimento da paciente, o médico optou por realizar uma transfusão de sangue direta. O doador foi o próprio marido, pois ele possuía o tipo de sangue adequado para ela.

Deitado ao lado dela, enquanto o sangue fluía dele para as veias da sua esposa, aconteceu algo imprevisível.

O marido, traduzindo na voz uma verdadeira afeição, disse para a esposa:

- Querida, eu vou fazer você ficar boa.

- Por que? Perguntou ela, sem nem mesmo abrir os olhos.

- Porque você representa muito para mim.

Houve uma pausa. O pulso dela bateu mais depressa. Seus olhos se abriram e ela voltou lentamente a cabeça para ele.

- Você nunca me disse isso.

- Estou dizendo agora.

Mais tarde, com surpresa, o marido ouviu a opinião do médico sobre a causa principal da cura da sua esposa.

Não foi a transfusão em si mesma, mas o que acompanhou a doação do sangue que fez com que ela se restabelecesse. As palavras de carinho fizeram a diferença entre a morte e a vida.

..............................

É importante saber dizer: amo você! O gesto carinhoso, a palavra gentil autêntica, a demonstração afetiva num abraço, numa delicada carícia funcionam como estímulos para o estreitamento dos laços indestrutíveis do amor.

É urgente que, no relacionamento humano, se quebre a cortina do silêncio entre as criaturas e se fale a respeito dos sentimentos mútuos, sem vergonha e sem medo.

A pessoa cuja presença é uma declaração de amor consegue criar um ambiente especial para si e para os que privam da sua convivência.

Quem diz ao outro: eu amo você, expressa a sua própria capacidade de amar, mas também, afirmando que o outro é amado, se faz amar e cria amor ao seu redor.

"Ecologia Doméstica", da obra Pais e Filhos – Companheiros de Viagem, de autoria de Roberto Shinyashiki, ed. Gente, e do texto "A Convivência Humana", de José Ferraz, extraído da revista Presença Espírita, nº 227, de novembro/dezembro 2001

sexta-feira, 30 de março de 2007

*A Inspiração viva *









Meu nome é Nick Vujicic. Deus usa a minha vida para tocar milhares de
corações ao redor do mundo. Nasci sem os membros superiores e inferiores e
os médicos não tinham nenhuma explicação científica para este nascimento
"defeituoso". Como você pode imaginar, enfrentei muitos desafios e
obstáculos.















Em 4 de dezembro de 1.982 meus pais souberam, em Melbourne (Austrália), que
seu filho primogênito tinha nascido sem os membros. Eles não foram
preparados antecipadamente.










Os médicos se assustaram e não tinham respostas. Não existia nenhuma
explicação para que isso tivesse acontecido e meus irmãos simplesmente
nasceram como qualquer outro bebê.

Meus pais estavam tristes. Todos perguntavam, "se Deus é um Deus de amor,
então por que Deus permitiria que algo de ruim nos acontecesse". Meu pai
pensou que eu não sobreviveria por muito tempo, porém o tempo demonstrou que
eu era um rapaz saudável, só com uns membros a menos.








Meus pais ficaram muito preocupados e com medo do tipo de vida eu seria
capaz de viver.
Deus lhes deu força, sabedoria e valor através desses primeiros anos e logo
em seguida eu estava na idade de ir pra escola.
A lei na Austrália não me permita ser integrado na escola comum devido a
minha deficiência física. Deus fez milagres e deu força a minha mãe para
lutar para que a lei fosse modificada. Eu fui um dos primeiros estudantes
deficientes físicos a ser integrado numa escola comum. Adorei a escola e
simplesmente tentei viver a vida como as outras pessoas, porém estava nos
primeiros anos escolares, onde me deparei com momentos difíceis ao me sentir
excluído, estranho e intimidado devido à minha diferença. Era difícil
acostumar-me ao meu corpo, porém com o apoio de meus pais, comecei a
desenvolver as atitudes e valores que me ajudaram a superar esses desafios. Eu
soube que era diferente porém dentro de mim eu era igual aos outros.












Muitas vezes me sentia tão pra baixo que não queria ir à escola, só para
não
ter que enfrentar toda aquela atenção negativa, meus pais me ajudavam a
ignorá-la. Logo os colegas de classe compreenderam que eu simplesmente era
um deles!

Houve momentos que me sentia deprimido e furioso por não poder mudar a
maneira que eu era. Me sentia um fardo para aqueles que estavam ao meu
redor. Eu quis acabar com a minha dor e morrer jovem, porém meus pais e
minha família sempre estavam alí para me amparar e dar força.














Entreguei minha vida a Jesus aos 15 anos, depois de ler João 9.
Acreditei de verdade que Deus me curaria para que eu pudesse ser um grande
testemunho do Seu Poder.













Eu desejo estender a mão à juventude e me disponibilizo a Deus e onde ele me
levar, eu sigo. Tenho muitos sonhos e objetivos que estabeleci para alcançar
na minha vida.
Quero me transformar no melhor testemunho do Amor de Deus e posso esperar,
para tornar-me um inspirado porta-voz internacional. Eu quero ser
independente financeiramente, trabalhando com bens imóveis, modificar um
carro para dirigir, ser entrevistado e compartilhar minha história na "Oprah
Winfrey Mustra"! É loucura ? Pode parecer, mas o que já aconteceu na minha
vida a princípio parecia loucura também. Escrever vários livros de sucesso
tem sido um dos meus sonhos e espero terminar de escrever o primeiro até o
final do ano. o título é: "Nenhum braço, nenhuma perna, nenhum cuidado!"






















Eu acredito que se você tem o desejo de fazer alguma coisa, e se é o
testamento de Deus, conseguirá realizar. Como seres humanos, não devemos
colocar limites por razão alguma, de forma nenhuma! O que é pior é colocar
limites em Deus.
Estarmos disponíveis e contarmos com nossas capacidades e...com que
capacidades podemos contar? Deus!















quinta-feira, 29 de março de 2007

Mãe Vem Ouvir




Mãe!

Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei! Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado!

Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!

Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.

Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me ao teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.

Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero Ter um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.

Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!

Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!

Almada Negreiros

Gato Zen



O Homem estava muito triste. Sabia que os dias do Gato estavam contados. O veterinário havia dito que não havia mais nada a fazer, que ele deveria levar o Gato para casa, e deixá-lo o mais confortável possível.
O Homem acariciou o Gato em seu colo e suspirou. O Gato abriu os olhos, ronronou e olhou para o Homem. Uma lágrima escorreu pela face do Homem e caiu na testa do Gato. O Gato lhe lançou um olhar ligeiramente irritado.

"Por que você está chorando, Homem?", perguntou. "Porque não suporta a idéia de me perder? Porque acha que nunca vai poder me substituir?"

O Homem fez que sim com a cabeça."E para onde acha que eu irei quando deixar você?", o Gato perguntou.

O Homem deu de ombros, sem saber o que dizer.

"Feche os olhos, Homem", disse o Gato. O Homem o olhou sem entender bem, mas obedeceu.

"De que cor são meus olhos, meu pêlo?", o Gato perguntou.

"Os olhos são dourados e o pêlo é marrom, um marrom intenso e vivo", o Homem respondeu.

"E em que parte do corpo tenho pêlos mais escuros?", o Gato perguntou.

"Nas costas, no rabo, nas pernas, no nariz e nas orelhas", disse o Homem.

"E em que lugares você mais costuma me ver?", perguntou o Gato.

"Eu vejo você... no parapeito da janela da cozinha, observando os passarinhos... na minha cadeira preferida... na escrivaninha, deitado em cima dos papéis de que eu preciso... no travesseiro ao meu lado, à noite".

O Gato assentiu.

"Você consegue me ver em todos esses lugares agora, mesmo de olhos fechados?", perguntou.

"Claro. Vi você neles por muitos anos", o Homem disse.

"Então, sempre que você quiser me ver, tudo o que precisa fazer é fechar os olhos", disse o Gato.

"Mas você não vai estar lá de verdade", respondeu o Homem com tristeza.

"Ah, é mesmo?", disse o gato. "Pegue aquele barbante do chão - ali, meu 'brinquedo'".

O Homem abriu os olhos, esticou o braço e pegou o barbante. Tinha uns 60 centímetros e o Gato conseguia se divertir com ele por horas e horas.

"De que ele é feito?", o Gato perguntou.

"Parece que é de algodão", o Homem disse.

"Que vem de uma planta?", perguntou o Gato.

"Sim," disse o Homem.

"De uma só planta ou de muitas?"

"De muitos algodoeiros," o Homem respondeu.

"E seria possível que outras plantas e flores nascessem no mesmo solo do algodoeiro? Uma rosa poderia nascer ao lado do algodão, não?", perguntou o Gato.

"Sim, acho que seria possível", disse o Homem.

"E todas as plantas se alimentariam do mesmo solo e da mesma chuva, não é?", o Gato perguntou.

"Sim", disse o Homem.

"Então, todas as plantas, a rosa e o algodão, seriam muito parecidas por dentro, mesmo aparentando ser muito diferentes por fora", disse o Gato.

O Homem concordou com a cabeça, mas não conseguia entender o que aquilo tinha a ver com a situação.

"E então, aquele barbante", disse o Gato, "é o único barbante do mundo feito de algodão?"

"Não, claro que não", disse o Homem, "foi tirado de um rolo de barbante".

"E você sabe onde estão todos os outros pedaços de barbante, e todos os outros rolos?", perguntou o Gato.

"Não, não sei... seria impossível saber", disse o Homem.

"Mas mesmo sem saber onde estão, você acredita que eles existem. E mesmo que alguns pedaços de barbante estejam com você, e outros estejam em outros lugares... mesmo que alguns sejam curtos e outros sejam compridos, e mesmo que seu rolo de barbante não seja o único no mundo... você concorda que há uma relação entre todos os barbantes?", o Gato perguntou.

"Nunca tinha pensado nisso, mas acho que sim, há uma relação", o Homem disse.

"O que aconteceria se um pedaço de barbante caísse no chão?", perguntou o Gato.

"Bom... ele ia acabar enterrado, e se decompondo na terra", o Homem disse.

"Sei", disse o Gato. "E talvez nascesse mais algodão naquele lugar, ou uma rosa".

"Pode ser", concordou o Homem.

"Quer dizer que a rosa no parapeito da janela pode ter alguma relação com o barbante na sua mão, e também com todos os barbantes que você nunca viu", disse o Gato.

O Homem franziu a testa, pensando.

"Agora pegue uma ponta do barbante em cada mão", instruiu o Gato.

O Homem fez o que foi pedido.

"A ponta na mão esquerda é o meu nascimento, e a na mão direita é minha morte. Agora junte as duas pontas", disse o Gato.

O Homem obedeceu.

"Você formou um círculo contínuo", disse o Gato. "Alguma parte do barbante parece diferente, melhor ou pior que qualquer outra parte dele?"

O Homem examinou o barbante e então fez que não com a cabeça.

"O espaço dentro do círculo parece diferente do espaço fora dele?", o Gato perguntou.

De novo, o Homem fez que não com a cabeça, mas ainda não sabia se estava entendendo onde o Gato queria chegar.

"Feche os olhos de novo", disse o Gato. "Agora lamba a mão".

O Homem arregalou os olhos, surpreso.

"Faça o que eu digo", disse o Gato. "Lamba a mão, pense em mim em todos os meus lugares costumeiros, pense em todos os pedaços de barbante, pense no algodão e na rosa, pense em como o interior do círculo não é diferente do exterior".

O Homem se sentiu bobo, lambendo a mão, mas obedeceu. Ele descobriu o que um gato deve saber, que lamber uma pata é muito relaxante, e ajuda a pensar mais claramente. Continuou a lamber, e os cantos da boca começaram a esboçar o primeiro sorriso que ele dava em muitos dias. Esperou que o Gato lhe mandasse parar mas, como este não mandou, abriu os olhos. Os olhos do Gato estavam fechados. O Homem acariciou o pêlo marrom, quente, mas o Gato havia morrido.

O Homem cerrou os olhos com força e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.

Viu o Gato no parapeito da janela, na cama, deitado em cima dos papéis importantes. Ele o viu no travesseiro ao seu lado, viu os olhos dourados brilhantes, e o marrom mais escuro no nariz e nas orelhas. Abriu os olhos e, por entre as lágrimas, olhou para a rosa que crescia em um vaso na janela, e depois para o barbante que ainda segurava apertado na mão.

Um dia, não muito depois, tinha um novo Gato no colo. Era uma linda gata malhada... tão diferente do seu querido Gato anterior mas, ao mesmo tempo, tão parecida.

Copyright 2001 by Jim Willis. Todos os direitos reservados.
Tradução: Daniela Travaglini

Neil Diamond - "Dear Father" - movie clip

Neil Diamond -- "Lonely Looking Sky" - movie clip

A filha





Ela toma a minha mão, leva-me a ver

esse pedacinho de mundo que nos coube

e eu vejo sempre pela primeira vez

porque tudo muda constantemente.



Cada manhã tem outra estrela-da-manhã

e em todas elas me levanto

para ir ver, pela mão dela,

o novo mundo que nesse dia há.



À noite, vou espreitar

essa pequena mão adormecida

que aprisiona um grão de vento

e o tesouro ameaçado da alegria;

as sombras descansam no escuro

e, a essa hora,

também dorme a mão de Deus,

ninguém segura o fio

que liga a minha a outras vidas.



Nunca quis ter uma bola de cristal

mas poder ir, pela mão da filha,

ver o futuro.
(Álvaro Magalhães)

Para ti Ines..

quarta-feira, 28 de março de 2007

Senhor!!!



Senhor,

Se um dia eu estiver " cheio da vida" ,
com vontade de sumir, de morrer,
insatisfeito comigo e com o mundo em torno de mim...

- Pergunta-me, apenas, se eu quero trocar a luz pelas trevas...

- Pergunta-me se eu quero trocar a fartura
da mesa posta, pelos restos que tantos
vem buscar no lixo...

- Pergunta-me se eu quero trocar meus pés por uma cadeira de rodas...

- Pergunta-me se eu quero trocar minha voz pelos gestos...

- Pergunta-me se eu quero trocar o mundo
maravilhoso dos sons pelo silêncio dos
que nada ouvem...

- Pergunta-me, se eu quero trocar o jornal que
leio e depois jogo no lixo, pela miséria dos
que vão buscá-lo para fazer dele seu cobertor...

- Pergunta-me, se eu quero trocar minha saúde, pelas doenças incuráveis de tanta gente...

- Pergunta-me também, até quando
não reconhecerei as Tuas bençãos, a fim de fazer de
minha vida um hino de louvor e gratidão
e dizer, todos os dias, do fundo de mim:

- Obrigado, Senhor! .

( Desconheço a Autoria)
Recebi carinhosamente de Paula CastelBranco
que formata diariamente com grande Generosidade os emails do Aprendendo a Viver
http://www.aprendendoaviver.com.br

O Teu Riso


O Teu Riso

*Pablo neruda*

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe o céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Agradeço ao Luiz que me enviou este texto
http://www.aprendendoaviver.com.br

terça-feira, 27 de março de 2007

Homenagem a Amizade de BellVil



Não esconda nunca o quanto você valoriza seu amigo(a)
Embora você ache que ele saiba o quanto o estima,
nunca é demais palavras e atitudes de carinho
Elas sempre são e serão bem vindas,
palavras doces não dão diabetes, fique sossegado
Quem tem Amor no coração, sempre entenderá o valor da Amizade
Ele nunca é cobrado, é doado em carinhos sem fim,
generosidade que sai naturalmente, sem que se perceba
Tudo que é natural assim como a natureza, deve sempre ser homenageado,
não existem datas especiais para se falar quanto amamos nossos amigos
A mão estendida não é pedida, ela estende automaticamente,
pois conhece as necessidades, falam alto as compatibilidades
Hoje quis homenagear meu amigo(a),
escrever para que você saiba o quanto é importante para mim!!
Mesmo que te diga sempre, nunca será suficiente,
amizade verdadeira não se descreve,
ela é sentida de tantas coisas boas e amor sem fim
Amigo(a) sempre estarei aqui, na telinha ou fora dela,
não importa isso, e sim meu carinho por você,
minhas orações, saiba que para sempre...será assim!!

BellVil
www.bellvil.net


recebido do Luiz
http://www.aprendendoaviver.com.br

Astor Piazzolla - ADIOS NONINO (Live)

Segredos e Transparencias...




Segredos e Transparencias...




Mãos de Abrir Nuvens




Ter mãos de abrir nuvens
Romper o velcro de baunilha
E espiar
Dentro a catedral
Dos sonhos
Um rito de encanto
Crianças e lagos
E mapas emaranhados
A Sexta Avenida
deságua no Eufrates
E as barcas cruzam
De Bagdad ao Mojave
As mãos se enlaçam
Negras brancas
Amarelas azuis.


Ter mãos de abrir nuvens
Descobrir a alma de neve
E perfumes
Que se fazem
Pássaros
Camelos
Bailarinas.


Quem possui mãos de abrir nuvens?
Quem rega pedras
E pesca pássaros
Em tempestades
E ancora no alto
Da montanha mais alta
Suas caravelas.


Quiçá Penélope,
Sem manto, grilhões, espera.
A abrir nuvens
Além da torre de concreto
Em pleno azul
Entre a brancura espumada.
Mãos de mulher livre
A abrir o velcro
Da humanidade encantada.
-Bárbara Lia.
http://chaparaasborboletas.blogspot.com/2005_04_01_archive.html

sábado, 24 de março de 2007

MEU PORTO




Quando a noite chega
com seu manto negro
e tu emerges do rio,
liquidamente coroada de luzes
meu coração acelera o compasso
e meus olhos, em êxtase
fundem-se em ti...
Pairo
gaivota em voo tardio
sem norte e sem rota
inebriada de luz
e poiso na areia..
Esqueço o ninho, a vida
e embalando o cansaço
adormeço
na espera dos primeiros alvores
dum dia de verão!...

Maria Mamede

Ana Carolina - Quem de nos dois




Obrigado!! **:)
e vamos plantar a roseira e a arvore..

O PARDAL PIMPINELO



Olá!
Sou o Pardal Pimpinelo
E decerto o mais feliz
de quantos vivem por cá.
É que a filha do Juiz
a Laurinha do "mau pelo"
que é boa como não há
trepa ao muro do quintal
como qualquer rapazola
e coloca lá no alto
um tacho velho, cheiínho
de comida prós pardais;
Mas não é tudo, há mais...
acolhe os gatos vadios
e os rafeiros de ninguém
limpa e trata as suas feridas
dá-lhes comida também.
Mas aqui pró Pimpinelo
o tratamento é melhor
porque a Laurinha "mau pelo"
a filha do sôr Doutor
sente um carinho maior
cá por este pardalito.
É que um dia, 'inda novito
ao pegar na migalhinha
que a mãe trazia no bico
estiquei-me e catrapus
esborrachei-me no chão;
Pensei que ia morrer!
Mas a Laurinha, então
cuidou de mim a valar.
E tratou-me com tal arte
e desvelo, que agora
a voar ou a correr
eu ando por toda a parte
com a minha salvadora.
Recebo da sua mão
as migalhinhas de pão
e um carinho de mãe
por isso vejam lá bem
se eu preciso de mais;
Sou dela e de mais ninguém
e o mais feliz dos pardais!...


Maria Mamede
(do livro "Coisas para os meus netos")

Infancia



Sonhos
enormes como cedros
que é preciso
trazer de longe
aos ombros
para achar
no inverno da memória
este rumor
de lume:
o teu perfume,
lenha
da melancolia.


Carlos de Oliveira

Rudolf Nureyev Afternoon of a Faun

sexta-feira, 23 de março de 2007

E há poetas que são artistas




E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas!...

Que triste não saber florir!
Ter que pôr verso sobre verso, como quem constrói um muro
E ver se está bem, e tirar se não está!...
Quando a única casa artística é a Terra toda
Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma.

Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem respira,
E olho para as flores e sorrio...
Não sei se elas me compreendem
Nem se eu as compreendo a elas,
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
E na nossa comum divindade
De nos deixarmos ir e viver pela Terra
E levar ao colo pelas Estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos
E não termos sonhos no nosso sono.

Alberto Caeiro

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos




Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

Mario Quintana

Madredeus-O Pastor



Entre mtos Amigos ha um que gosta particularmente dos Madredeus...
Hoje permito-me a dedicar pra vc Guga este pingo de mel!!!

E a Todos Abraços sem Fim!!!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Meu Campeao do Coraçao Luiz Eduardo Boudakian




Obrigado por ser Presente Pra mim e todos nos!!!

E vc hje ja deu seu Abraço?
http://www.aprendendoaviver.com.br

O que eu Amo...



Amo coisas tão pequenas
que meu olhar
abrasa-se no pormenor.

Maria Costa

"Hola a todos.





Quiero expresaros mi agradecimiento por todas las muestras de cariño que en estos últimos días me habéis hecho llegar.
Me encuentro bien, animada, esperanzada y confiada.

Paso a contaros como ocurrió:
A finales del mes de Septiembre me hice las pruebas habituales (ecografía-mamografía y también biopsia de un bulto en la mama derecha) antes de la gira por Francia. Todo estaba bien.
Antes de las navidades aprecié un bulto duro y diferente; consulté con el ginecólogo quien me recomendó una nueva biopsia -- igual a la anterior- que me realizaron el 4 de Enero.
El 8 de Enero el informe de la biopsia- igual a la anterior- concluía con esta frase:
"Sospechoso de malignidad". Se hacía necesario la operación.
Fui operada de la mama derecha por el cirujano Dr. Villacorta Patiño y su equipo en la Clínica Ruber Internacional el día 16 de Enero. Me extrajeron el carcinoma y los ganglios de la axila.
El día 23 me quitaron los puntos.
Pedí permiso al ginecólogo Dr. L Recasens y al cirujano Dr. Villacorta para viajar a Lisboa donde tenía un compromiso para participar en un festival organizado por la Asociación contra la leucemia. Tendría que hacer sólo tres canciones.
Desde que supe lo de la enfermedad tuve claro que no podría hacer los conciertos ni en España, Francia, Suiza, Luxemburgo y Portugal... Sentí que ese compromiso -- benéfico -- en Lisboa era la ocasión para despedirme por unos meses de los escenarios. Los doctores perplejos, me animaron.
Dolorida, frágil y con la emoción luchando por desbordarse canté para la audiencia del Pavellao Atlántico: "Piensa en mi", "Esta tarde vi llover" ( con José Cura) acompañada por la orquesta sinfónica de Lisboa y a piano "Gracias a la vida".
Al día siguiente 26, volví a mi nuevo status, el de enferma. Comenzaré la quimioterapia y la radioterapia dentro de unos días.
He de deciros que mi actitud es la de coger el toro por los cuernos.
Sé que soy una de los millares de personas afectadas por esta enfermedad; que nunca pude imaginar la cantidad de mujeres que han pasado y pasan por este mismo trance, que con el testimonio de muchas de ellas y con el cariño que todos me expresáis, tengo la certeza que no desfalleceré en ningún momento.

Mi eterna gratitud.

Os quiero

Luz Casal"

Luz: SENTIR

quarta-feira, 21 de março de 2007

terça-feira, 20 de março de 2007

Vocação do Silêncio



Basta uma flor;

basta uma asa

para saber que a primavera

entrou em nossa casa.



Albano Martins

L'amitié





Ça fleurit comme une herbe sauvage
N'importe où, en prison, à l'école,
Tu la prends comme on prend la rougeole
Tu la prends comme on prend un virage
C'est plus fort que les liens de famille
Et c'est moins compliqué que l'amour
Et c'est là quand tu cries au secours.
C'est le seul carburant qu'on connaisse
Qui augmente à mesure qu'on l'emploie
Le vieillard y retrouve sa jeunesse
Et les jeunes en on fait une loi
C'est la banque de toutes les tendresses
C'est une arme pour tous les combats
Ça réchauffe et ça donne du courage
Et ça n'a qu'un slogan "on partage"

Au clair de l'amitié
Le ciel est plus beau
Viens boire à l'amitié
Mon ami Pierrot

Herbert Pagani

Senhora das Tempestades





Eu pescador que pesco por um instinto antigo

e procuro não sei se o peixe se o desconhecido

e lanço e recolho a linha e tantas vezes digo

sem o saber o nome proibido.


Eu que de cana em punho escrevo o inesperado

e leio na corrente o poema de Heraclito

ou talvez o segredo irrevelado

que nunca em nenhum livro será escrito.


Eu pescador que tantas vezes faço

a mim mesmo a pergunta de Elsenor

e quais águas que passam sei que passo

sem saber a resposta. Eu pescador.


Ou pecador que junto ao mar me purifico

lançando e recolhendo a linha e olhando alerta

o infinito e o finito e tantas vezes fico

como o último homem na praia deserta.


Eu pescador de cana e de caneta

que busco o peixe o verso o número revelador

e tantas vezes sou o último do planeta

de pé a perguntar. Eu pescador.


Eu pecador que nunca me confesso

senão pescando o que se vê e não se vê

e mais que peixe quero aquele verso

que me responda ao quando ao quem ao quê.


Eu pescador que trago em mim as tábuas

da lua e das marés e o último rumor

de um nome que alguém escreve sobre as águas

e nunca se repete. Eu pescador.


Manuel Alegre

segunda-feira, 19 de março de 2007

Da tristeza à esperança...




"Quando tiveres uma lágrima de tristeza,
Parte-a ao meio! Dá-me metade e chorarei contigo!
Quando tiver um sorriso e alegria e singeleza,
Dou-to inteiro, só para te ver feliz, meu Amigo!"

Se as amarguras desta vida te travarem,
Não desistas, nem desanimes. Apenas sorri!
Não deixes os sulcos da tristeza se gravarem
Chama por mim! Para ti, estou sempre aqui.

Dá-me a tua mão, enche o peito de ar!
Anda, vamos os dois voar pelo céu infinito...
Outros horizontes vamos, pois, encontrar,
Soltaremos ao universo nosso pleno grito...

Tudo é cíclico, nesta grande aventura de viver.
"Atrás de tempos, tempos vêm" - é o que dizem!
Se teu olhar não tiver lágrimas, mas souber ver,
As coisas hão-de mudar, aprenderás a SER.

E, lentamente, o teu sorriso poderá voltar.
Uma nova energia inundará todo o teu ser...
Dentro de ti, está toda a capacidade de amar,
Apenas tu e só tu a poderás fazer acontecer!

José António

Interiores...



... E lembro tudo o que era simples
antes do nada inevitável
Mas que do nada ao menos fique
um monumento de palavras

David Mourão-Ferreira

Conhecimento...




Só me conhece quem me sentiu as mãos...

João Pedro Grabato Dias

"APERTO DE MÃO"




"APERTO DE MÃO"

Desconheço o Autor

Você se lembra da sua infância, quando caía e se machucava?
Lembra o que sua mãe fazia para acalmar a dor?
Minha mãe me levava no colo até sua cama e beijava meu machucado.
Então, ela sentava ao meu lado, pegava minha mão e falava:
"Quando doer, aperte minha mão e vou dizer "Eu te amo".
Era sempre assim: eu apertava sua mão , e sem falhar uma só vez, ouvia:
"Filho, eu te amo."
Às vezes, eu fingia ter me machucado só para passar por esse ritual com ela.
À medida que fui crescendo, o ritual mudou, mas minha mãe sempre encontrava um modo de diminuir a dor e aumentar a alegria em qualquer área da minha vida.
Numa época difícil, ela tinha sempre meus chocolates preferidos, recheados com amêndoas, quando eu chegava em casa.
Lá pelos meus vinte e poucos anos, mamãe muitas vezes telefonava num fim de tarde convidando-me para vermos o pôr-do-sol ou o nascer da lua.
Deixava bilhetinhos amorosos sobre meu travesseiro quando eu chegava tarde em casa e, quando fui morar sozinho, mandava-me lembrancinhas agradecendo as visitas que eu lhe fazia.
Mas minha melhor lembrança continuou sendo ela segurando minha mão quando eu era pequeno e repetindo:
"Quando doer, aperte minha mão e vou dizer "Eu te amo".
Eu já tinha trinta e tantos anos quando, uma manhã, meu pai telefonou para o meu trabalho.
Era um homem seguro e lúcido, mas a voz soava confusa e amedrontada.
"Filho, há algo errado com sua mãe. Já chamei o médico, mas, por favor, venha logo que puder."
Quando cheguei, papai andava de um lado para outro na sala e mamãe estava deitada no quarto, olhos fechados, as mãos sobre o estômago.
Chamei por ela, tentando manter a voz o mais calma possível.
Disse-lhe que eu estava ali e ela me perguntou:
"É você, filho?" respondi-lhe que sim.
Eu não estava preparado para a próxima pergunta e, quando a ouvi, congelei, sem saber o que responder.
"Filho, eu vou morrer?"
Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto olhava minha mãe querida ali, deitada, tão desamparada.
Ao tentar descobrir o que responder, pensei:
"O que mamãe diria num momento desses?"
Hesitei por um instante, esperando que as palavras viessem.
"Disse-lhe: "Mamãe, não sei se você vai morrer, mas fique tranqüila, tudo acabará bem."
Apertei sua mão e disse-lhe: "Eu amo você."
Ela gemeu: "Filho, sinto tanta dor."
Mais uma vez fiquei sem saber o que falar.
Sentei a seu lado na cama e me ouvi dizendo:
"Mamãe, quando doer, aperte minha mão e vou dizer "Eu te amo".
Ela apertou minha mão. "Mamãe, eu te amo."
Esta cena se repetiu muitas vezes durante os dois anos seguintes, até seu falecimento.
Nós nunca sabemos quando virão os momentos em que seremos testados.
Mas sei que, quando chegarem, e com quem quer que eu esteja, oferecerei o ritual de amor de minha mãe:
"Quando doer, aperte minha mão e vou dizer
"Eu te amo".


Obrigada Luiz!!!
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domingo, 18 de março de 2007

La vita E' Bella - Highlights

Pensando bem....



Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco.

Edmund Burke

A Mão



A mão anda
à solta
no amor

a mesma
mão que
acomoda

as lágrimas,
faz explodir
o silêncio,

a mão
inventa novos
ritmos.

A mão reduz
as asperezas
do rosto

a mão sobe
o menino até
ao lar

do coração,
a mão aperta
a mão.


J.T.Parreira

Eu sou o palhaço que nao ri




"No mundo de suposições, vamos imaginar que o Candelabro de Sete Braços seria o Símbolo do Sistema Solar, uma Marca para aqueles que viessem de outro Planeta ou outro Sistema... No fundo de...Um roto tambor, desbutados trajes, uma cartola deserta de magia...
Eu sou o palhaço que não ri, visto roupas de muitas cores!
Dou balanço, solto gritos, minhas senhoras e meus senhores. Mas não rio, ou será que deveria?
Fiz magia deslumbrei, fiz de ti canção de amor, não entendes o coração do palhaço em sua dor. Não ri, também não chora, triste pateta saltimbanco, o teu olhar... Se alguma vez o teu peito parar, se em teu peito a chama deixar de arder, na tua boca a voz morrer sem ser palavra, que as tuas mãos nunca se esqueçam de voar."

O Alquimista

sexta-feira, 16 de março de 2007

Se fosse eu...



para pensar, mas sobretudo agir...

Libertad bajo palabra




Así como del fondo de la música

brota una nota

que mientras vibra crece y se adelgaza

hasta que en otra música enmudece,

brota del fondo del silencio

otro silencio, aguda torre, espada,

y sube y crece y nos suspende

y mientras sube caen

recuerdos, esperanzas,

las pequeñas mentiras y las grandes,

y queremos gritar y en la garganta

se desvanece el grito:

desembocamos al silencio

en donde los silencios enmudecen.


Octavio Paz

Esta Voz é Quase o Vento



Quero um barco de papel, um espelho de

água, um lago.

Mais nada.


José Agostinho Baptista

Nos seus olhos de silêncio



Demasiado alto para

o sono

e o amor.

Contra a vertigem

sonâmbula

esta barragem de pedra.


António Ramos Rosa, Nos seus olhos de silêncio

MEDOS



MEDOS
Ceres Marylise


Não sei de muitas coisas, eu confesso;
falo somente do que vi e aprendi:
vi que nos gritos de um homem angustiado,
estão seus medos sufocados na garganta,
que sua fragilidade vem à tona,
quando se mostram os contidos prantos
e que seus medos se iniciaram,
ao ouvir de adultos, os primeiros contos.
Quem dera um dia tudo isso terminasse
destruindo toda forma de opressão
para que não morresse a esperança
que se deixa matar nas aflições,
permanecendo a alegria pura,
não apoiada na desgraça dos irmãos.
Que haja um relógio a despertar a sensatez
pra não falarmos em linguagem equivocada,
e só ouçamos os justos e conscientes
de todo o mal já feito ao semelhante.
Não sei de muitas coisas, eu confesso,
mas sei da dor, das injustiças
e dos medos.

Ceres Marylise


Recebi do Luiz:
http://www.aprendendoaviver.com.br

quinta-feira, 15 de março de 2007

IL POSTINO

De que música vieste




de que dunas de que águas
de que pórtico vieste
de que momento
de que núpcias do vento?


de que astro amor
de que imagem saíste
de que rasura de tempo?



tua voz azul
cântico dum barco
sombra imaginada
é em minhas mãos planície incendiada


vens do futuro porque inventas.


teu rosto de perfil iluminado
ilumina de repente
plena claridade



traz o poema




maria azenha

Amanhã irei a tua casa de luz infantil ...



Amanhã irei a tua casa de luz infantil
E beijarei a tua alma tão pura e cheia de alegria,
Onde encontrarei um jardim branco de eternidade
E beberei teus gestos alvos de um invisível branco
Na tua imensa fragilidade de luz e amor.


Fernando Botto Semedo

Conto meus poemas



Conto meus poemas
como um avarento conta
suas moedas.
Há um comércio entre o poeta
e a folha a ser lavrada.
Porque custa muito um poema.
Cada palavra é o rosto de Deus
e o poeta um vazio ajoelhado.

Neide Archanjo