quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A vida em tons de azul

O som alto para que todos ouvissem bem, os conselhos do misterioso ente que se passeava na rua seguido de uma multidão cada vez maior, que se juntava sem saber muito bem porquê.
Como que por magia o céu ia ficando azul por onde ele passava e vindo não se sabia muito bem de onde tocava uma canção de Carlos Santana, num tom dengoso e mesmo os velhotes iam à janela saudar os que passeavam em passo de dança, lento, como que a querer demorar o que parecia ser um sonho... e o ente misterioso parecia que ia tomando a consciência do que se passava à volta, materializando-se em cada humano que se juntava à festa.
Em quem tocava parecia fazer renascer uma nova esperança de vida!
E todos dançavam, quebrando as barreiras do preconceito, do racismo e do medo incutido pelos doutos senhores que mandam.
E o céu mesmo encoberto de nuvens carregadas de água, era apenas o prenuncio de dias melhores, mesmo que tudo não passasse de um sonho.
A vida andava por ali e assim de mansinho ouvia-se uma guitarra mágica a tocar e lá mesmo ao fundo muita gente abraçada, muitos a dançar, simplesmente a viver! E Santana a juntar o povo: Oye como va